28 palavras Curitibanas
Adevogado: O correto mesmo é advogado, mas em Curitiba a pronúncia é assim mesmo, como se houvesse uma vogal entre o “d” e o “v”. Faz parte do sotaque curitibano.
Apurado: Quando alguém está com pressa, mas é usado principalmente quando alguém está apertado para ir ao banheiro.
Bera: Apelido carinhoso dos curitibanos para cerveja.
Bolacha: É como chamamos qualquer tipo de biscoito, seja ele recheado, de água e sal ou de maisena. Biscoito em Curitiba é feito de polvilho.
Busão: É o bom e velho ônibus. Dentro dessa categoria, temos o bi-articulado, famoso “vermelhão” e também chamado carinhosamente de “berticulado” pelos curitibanos, e o ligeirinho; ambos param nas estações-tubo da cidade.
Capaz: A expressão existe em outras cidades, mas aqui pode ter inúmeros significados, como “o quê?”, “não acredito!”, “até parece”, etc.
Chineque: Pãozinho doce de padaria coberto com creme de baunilha e farofa. É uma delícia!
Cozido: Não tem nada a ver com alimento. Chamamos assim quando alguém está bêbado.
Curitiboca: É a pessoa nascida e criada em Curitiba, mas que não esbanja muita simpatia.
Daí: Utilizado para começar ou terminar qualquer frase, é uma das expressões mais frequentes no vocabulário curitibano. “Você foi lá, daí?” ou “Daí, piá. Beleza?”
Dolangue: Significa mentira, conversa fiada.
Djanho: Geralmente é utilizado para representar descontentamento com algo ou alguém. “Aquele piá do djanho”.
Geladinho: Conhecido em outras regiões como sacolé, é o refresco congelado em saquinhos plásticos cilíndricos.
Guria: É a mesma coisa que garota ou menina. Quando alguém fala “guria do céu” ou “guriaaaa” (estendido mesmo), é porque o assunto é sério!
Jacu: Pessoa tosca, sem noção ou pessoa tímida demais.
Japona: É a peça de roupa que todo curitibano tem em casa para se proteger do frio. Em outras palavras, é uma jaqueta de náilon acolchoada.
Palha: Quando algo é ridículo, patético. “Esse negócio é muito palha.”.
Pani: Ou “panificadora”, é a mesma coisa que padaria.
Penal: Estojo escolar para guardar lápis e canetas.
Piá: Usado para se referir a um garoto, adolescente ou entre amigos do sexo masculino. Quando usado na expressão “piá de prédio”, a intenção é pejorativa; significa que o indivíduo é mimado.
Pila: É como os curitibanos se referem a dinheiro. “Piá, me empresta cinco pila para eu pegar o busão?”
Pinhão: Símbolo do inverno paranaense, o pinhão é a semente da araucária, pinheiro típico do estado. Os curitibanos se orgulham em explicar o que é e como se come.
Posar: Quando alguém te convida pra “posar”, ela está te convidando pra dormir na casa dela.
Rollmops: Originalmente alemão, o “romópis” como é conhecido, é uma iguaria que quase todo curitibano vira a cara quando ouve falar. A conserva de sardinha crua enrolada na cebola é tão famosa que ganhou até campeonato de quem come mais.
Sinal: Ou sinaleiro é como são chamados os semáforos de trânsito.
SotaquE: O “e” no final das palavras ganha ênfase na fala curitibana. Peça pra um curitibano falar “leitE quentE da dor dE dentE” e você vai entender perfeitamente.
Tesão: É sem malícia, viu? A palavra é utilizada para enfatizar algo que é muito bacana. Não se espante em ouvir um “que tesão, piá!” de um curitibano.
Vina: Em Curitiba não existe cachorro-quente com salsicha. É vina!
Data: 06/08/2018
Fonte: Gazeta do Povo.